quinta-feira, abril 12, 2007

"Quem teme tempestades acaba a rastejar!"

Olá! Cá estou eu de novo de volta ao blog.
Venho porque não ficava bem comigo próprio se não o fizesse perante aquilo que tem sido uma vergonhosa cabala (não tenho medo de usar esta palavra) para destruir a forte imagem que José Sócrates vinha tendo há já algum tempo.
De facto, é triste a forma mesquinha e baixa como o Primeiro-Ministro deste País (parece ser preciso recordar que é Primeiro-Ministro de Portugal) foi tratado ao longo de semanas, e tudo porque o "poder fantasma" ou o "outro poder", sedioso de notícias fresquinhas e "vendedoras" de jornais precisava de umas "notícias" para vir a lume, sem olhar a meios, desmascarar hipotéticas relações e aproveitamentos conseguidos com favores, ao nível do currículo académico de José Sócrates.
Tudo mentira, afinal. E como seria de esperar.
E foi triste ver esta telenovela desenrolar-se. A entrevista ao canal público assemelhou-se a uma espécie de concílio da Inquisição, um verdadeiro auto-de-fé, em que o próprio José Sócrates teve de fazer prova e testemunhar, sem que fosse culpado por algo ou houvesse uma acusação formal. E sem direito aquilo que a própria Lei indica: in dubio pro reo. Nada disso. Sentenciado em praça pública, como nas arenas romanas, com leões hávidos de carne!
Regredimos no tempo?!
Termino como comecei, com o título que dei a esta postagem, que mais não é que uma frase que me ficou naquela entrevista à RTP, proferida pelo Engº José Sócrates (merece ser assim designado!): "Quem teme tempestades acaba a rastejar!"
Sócrates mostrou coragem, dignidade, humildade e carácter! Não teme nada e apresentou-se como um homem que contra as adversidades mostra a cara!
Quanto ao "poder fantasma": tenha vergonha!